Súplica XVI (16)

Sua Súplica (A.S.) na busca de isenção dos pecados, ou na invocação em busca do perdão pelos seus defeitos.

01 – Ó Deus! Ó Aquele que os pecadores imploram o socorro através de Sua misericórdia!

Ó Aquele que em Cuja recordação de Sua benevolência se refugiam os necessitados!

Ó Aquele que, por causa de reverencia e temor a Ele, choram intensa- mente os errôneos!

Ó Consolo de cada solitário desnorteado! Ó Alívio de cada angustiado e deprimido! Ó Socorro de quem está só e humilhado! Ó Auxilio de cada necessitado e excluído!

02 – Tu és Aquele que abrangeste com Tua Misericórdia e Tua sabedoria todas as coisas.

E Tu és Aquele que estabeleceste para cada uma de Tuas criaturas uma porção de Tuas Graças.

Tu és Aquele Cujo Perdão é superior ao Seu castigo. Tu és Aquele Cuja Misericórdia é adiantada à Sua ira. Tu és Aquele Cuja Doação é maior que o Seu impedimento. Tu és Aquele Cuja generosidade engloba e abarca todas as criações. Tu és Aquele que não deseja nem espera retribuição alguma daquele a quem doou. Tu és Aquele que não exagera no castigo a quem desobedece a Ti.

03 – E eu, ó meu Deus! Sou Teu servo, aquele a quem ordenaste a súplica, e em seguida ele diz: eis-me aqui respondendo às Tuas ordens, sou, ó meu Senhor, quem está humildemente inclinado perante Ti.

04 – Eu sou aquele cujos pecados envergaram-lhe suas costas. E eu sou aquele cujos pecados lhe zeram dissipar sua vida.

Eu sou aquele que, por sua ignorância Te desobedeceu, enquanto Tu não és merecedor dessa desobediência.

05 – Acaso! Tu és, ó meu Deus, Misericordioso com quem Te invoca? Para que eu me esforçar em suplicar-Te. Ou Tu és Quem perdoa a quem chora por Ti? Para que eu me apressar

a chorar? Ou Tu és Quem perdoas as faltas de quem se inclina mostrando sua humildade perante Ti? Ou Tu és Quem enriquece àquele que se queixa por sua necessidade perante Ti, devido à confiança que tem em Ti?

06 – Ó meu Deus, não desapontes a quem não encontra um digno doador além de Ti.

Não humilhes a quem não pode prescindir de Ti, apoiando-se em alguém que não sejas Tu.

07 – Ó meu Deus, abençoe a Mohammad e a sua família, não me ignoras quando me dirijo a Ti.

Não me prives enquanto Te busco. Não me recuses firmemente quando estou disposto perante Tua presença.

08 – Tu és Aquele que descreveste a Si Mesmo com a misericórdia. Então, abençoe a Mohammad e a sua família, e tem misericórdia de mim. Tu és Aquele que denominou a Si Mesmo como Indulgente.

Então, perdoa-me.

09 – Ó meu Deus, Tu vês o fluir de minhas lágrimas por Tua presença prestigiosa. E Tu vês a inquietude de meu coração pelo respeito a Tua majestade. E o tremor de meus membros por Tua existência lucipotente. Tudo isto é devido ao meu pudor pelas minhas más ações. Por isso ó meu Deus! minha voz diminuiu (por suplicar-Te claramente), e a minha língua ficou incapaz de implorar-Te.

10 – Pois! Ó Meu Deus, louvado sejas Tu. Quantos de meus defeitos encobriste sem me desonrar! Quantos de meus pecados que cometi ocultaste sem me denunciar (ser publicado). Quantas ações desonradas realizei que não revelaste, evitando o meu escândalo, impedindo a manifestação de sua detestável ofensa, sem publicar minha realidade ante meus vizinhos que as vezes procuram os meus defeitos, nem ante os invejosos que invejam as graças que me concedeste!

11 – Apesar de tudo que me deste, não me impedem ainda que eu continue com as maldades que Tu bem conheces de mim.

Pois, Ó meu Deus! Quem é o mais ignorante do que eu a respeito da minha retidão? E quem é o mais desatento do que eu a respeito de sua oportunidade? E quem é o mais afastado do que eu do seu próprio aperfeiçoamento?

Quando consumo o que me concedeste de Teu nobre sustento naquilo que me proibiste em desobediência a Ti.

12 – E quem é o mais submerso na falsidade, e o mais acelerado na prática do mal do que eu, quando detenho-me entre Teu convocatório e o convite do demônio, e sigo o convite dele, sem estar inconsciente em meu conhecimento dele, e nem esquecendo da minha precaução dele, enquanto tenho a certeza que a finalidade de Teu convocatório é para o Paraíso e o dele para o Inferno.

13 – Glorificado sejas Tu! É surpreendente o que estou testemunhando contra minha alma, e conto o secreto de meu estado.

E o mais fascinante ainda é a Tua benevolência com respeito a mim, e a Tua demora em determinar meu castigo.

E isto não se deve a que eu seja honrado perante Ti, mas é por Tua cordialidade e Teu favor para comigo, para que eu reprima a desobediência que provoca Tua ira, e me abstenha dos pecados que causam desonra para mim.

Porque Teu perdão para mim é mais apreciável para Ti do que meu castigo.

14 – Porém, ó meu Deus, eu tenho muitos pecados e os piores defeitos, e os atos mais hediondos, e eu sou o mais imprudente nos erros, e eu sou o mais vulnerável a respeito de obedecer-Te, e menos atento dia a Sua advertência, e sou incapaz de contar meus pecados e meus deslizes. Mas censuro profundamente isso a mim mesmo, na esperança de Tua indulgência na qual alcance a correção dos culpados, e na esperança pela Tua misericórdia que liberta os pecadores.

15 – Ó Deus, este é o meu estado, humilhado pelos pecados. Abençoe, pois a Mohammad e a sua família, e livras a minha alma com o Teu perdão. Eis as minhas costas carregadas com o peso das pecados. Abençoe, pois a Mohammad e a sua família, e reduza o meu fardo com Tua munificência.

16 – Ó Meu Deus, se chorasse perante Ti até caírem as minhas pestanas. Se gritasse até cessar a minha voz. Se parasse (orando) perante Ti até que se inchassem os meus pés. Se me ajoelhasse perante Ti até romperem os ossos de minhas costas. Se me prostrasse até que as pupilas de meus olhos saíssem de seu lugar.

Se ao longo da minha vida só comesse terra e bebesse água misturada com o pó até o final de minha era, e nesse estado Te recordasse com frequência e abundância até que minha língua casse esgotada, e por minha vergonha a Ti não ergo minha vista para o céu, com tudo isto, não seria digno de ter apagado sequer um pecado de meus pecados.

17 – E ainda assim quando fosse merecedor de Tua indulgência me indulgenciasse, e quando fosse digno de Teu perdão me perdoasse, isso não me é devido por merecimento, nem eu sou apto a ser atendido. Porque o meu castigo no primeiro momento em que Te desobedeci é o Inferno, (Ó meu Deus) se me castigas não estarias me tratando injustamente.

18 – Ó meu Deus, agora que Tu me cobres com Tua dedicação não me desonres, Tu me concedes a Tua generosidade não apresses o castigo, e se Tu fores Benevolente comigo com Tua indulgencia e não modifique Tua graça para comigo, nem torne o Teu favor desagradável para comigo. Portanto, compadeça da minha longa imploração e da intensidade da minha pobreza, e compadeça do péssimo estado da minha situação.

19 – Ó Deus, abençoe a Mohammad e a sua família, e proteja-me dos pecados.

Emprega-me na obediência a Ti, concede-me bom sustento para ter o melhor arrependimento.

Puri ca-me com a contrição, fortalece-me com Tua proteção, corrige me com o bem-estar, faz-me degustar a doçura da dispensão.

Estabelece-me liberado por Teu perdão, livre pela Tua misericórdia.

20 – Dispõe para mim uma segurança que me assegure contra Tua cólera, e anuncia-me neste mundo antes do outro um anúncio que o conheço, fazendo-me um sinal que possa captar facilmente.

Certamente isto não é algo difícil comparado com Tua abrangência. Nem surgem dificuldades para Ti em Tua capacidade. Nem resulta complicado para Ti com respeito a Tua imensa benevolência. Nem também resulta oneroso aos abundantes dons que Tu brindas como graças às quais indicam Teus claros sinais e milagres. Certamente, Tu fazes o que decides, e executas o que queres, Tu és certamente Todo-Poderoso. Abençoe a Mohammad e a sua purificada família.

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