Súplica XLIX (49)

Sua súplica para recusar a astúcia dos inimigos e impedir as suas maldades.

01 – Meu Deus Tu me orientaste, porém fiquei brincando. E Tu me aconselhaste, porém fiquei rígido. E Tu me concedeste o belo, porém desobedeci. Depois reconheci o que há surgido de Ti, porque Tu me o deste a conhecer. Então, pedi o Teu perdão e Tu me perdoaste; regressei ao pecar, e Tu o ocultaste. (meu pecado) Então, ó meu Deus pertence a Ti a louvação.

02 – Ó meu Deus, invadi os Vales do Perdição, e entrei nos ramos do desvio, e em ambos me expus ao Teu poderio e Teu castigo (merecendo-o) será feito quando cometo. Meu recurso para Ti (ó meu Deus) é o monoteísmo, e meu argumento é o fato de não Ter considerado a nenhum associado a Ti, nem ter posto a nenhuma outra divindade junto a Ti.

03 – Eu mesmo tenho escapado para Ti, porque para Ti é o refúgio do pecador, e Tu és o amparo de quem perdeu seu ser, e Tu es o amparo do refugiado.

04 – Então! Quanto inimigo, desembainho contra mim a espada de sua inimizade, e a o o o de sua faca contra mim, enfileirou a ponta de sua lança contra mim.

Derramou seu veneno mortal contra mim.

Apontou para mim sua flecha e não tirou de mim os seus olhos de vigilância. Ele tinha intenção de prejudicar-me e de fazer-me engolir sua intensa amargura.

05 – Assim, ó meu Deus, Tu viste a minha debilidade que não posso suportar os grandes problemas.

E Tu viste a minha incapacidade em triunfar-me contra quem iniciou a guerra comigo.

Tu me vês sozinho, frente aos muitos que tem inimizade contra mim e espreitam o momento de meu descuido para pôr-me em dificuldades

Então! Tu começaste a apoiar-me, e afirmaste minhas costas com Tua força. Depois, quebraste o poder dele, e o isolastes depois que estava entre um grupo numeroso.

Fizeste-me triunfar sobre ele, e fizeste voltar contra eles àquilo que apontou para mim.

Fizeste-o retornar antes de apagar sua cólera, e de acalmar seu ódio contra mim, mordendo a ponta de seus dedos, e dando às costas enquanto as tropas dele foram ineficientes.

06 – Quanto opressor com seu engano me tratou injustamente, e solicitou contra mim sua maldade, colocando suas armadilhas de caça contra mim, esperando a ocasião para seu ataque, e se preparou com sua disponibilidade para atacar-me igual um animal feroz que está apontando para sua presa, enquanto me manifestava a afabilidade da bajulação, olhando-me com intenso e profundo ódio!

Então, ao ver, ó meu Deus, Glorificado e Exaltado sejas, a impureza de seu interior e a indignidade de suas intenções, meteste-lhe de cabeça em sua humilhação, e arrojaste-lhe no abismo de suas armadilhas.

Assim, depois de sua arrogância introduziste-lhe furtivamente no laço de suas armadilhas, nas quais pretendiam ver-me.

Certamente, que se não fosse por Tua misericórdia e o que fizeste ao meu favor, eu teria estado muito próximo de cair naquilo que ele caiu.

07 – Quanto invejoso cuja maldade por mim foi sufocada, sua intensa cólera o tem desolada e deixada sem alento contra mim, e através da ponta de sua língua me feriu, e me injurio por defeito que ele mesmo tinha, suspeitando de mim por achar-se cheio de ódio! Assim, fez de minha reputação o alvo de sua flecha, e passou pelo meu pescoço as qualidades que sempre estiveram nele, injuriando-me com sua calunia e dirigindo a mim seu engano.

Então! Te invoquei ó meu Deus, implorando auxílio em Ti, confiante em Tua rápida resposta, sabendo que não resulta humilhado e nem subjugado quem se refugia na sombra de Tua proteção, e nem tem medo quem se refugia em Teu refúgio fortalecido.

Assim, Tu com Teu poder me protegeste de seus danos.

08 – Quantas nuvens detestáveis apartastes de mim. E quantas nuvens de graças fizeste chover sobre mim! Quantos riachos de misericórdia fizeste fluir. E com quanta segurança me vestiste! Quantas fontes de calamidade (que apontam para mim) acabaste. E quantas etapas de angústia apartaste!

09 – Quantos bons pensamentos realizaste?! E quanta necessidade recuperaste?! E quanto desanimo reviveste?! E quanta miséria modificaste?!

Tudo isto surgiu de Tua munificência e Teu favor. E, em todos estes estados, meu esforço foi para desobedecer-Te. Certamente, meu malfeito não Te impediu de completar Tua beneficência comigo. Nem estas graças que Tu me deste, me impediram de cometer coisas abominadas por Ti.

10 – – (Ó meu Senhor) Tu não serás interrogado pelo que Tu fazes.

Pediram-Te e concedeste, e quando nada Te foi pedido tomaste a iniciativa, brindando antes que Te peçam.

Teu favor foi pedido abundantemente e Tu jamais foste incapaz.

Tu nada fizeste, ó Senhor! senão por Tua bondade, e Tua benevolência, e Teu favorecimento e Tuas graças.

E eu tentei ultrapassar bruscamente Tuas santidades, e violar Teus limites e desatender a Tua promessa

11 – Então! a louvação pertence a Ti, ó meu Deus, Que Tu és Poderosíssimo, Inviolável. E Tu és o Dotado de paciência e nunca se apressa.

12 – Este é o estado de quem reconhece a abundância das Tuas graças, e aquele quem a contrapôs com a indiferença, e quem testemunha contra si mesmo por tê-la desperdiçado.

13 – Ó Deus! certamente eu me aproximo a Ti por meio do credo sublime de Mohammad (A.S.) e pela pura liderança de Áli (A.S.), e me dirijo a Ti por meio deles, para refugiar-me das malícias (citar os itens de maldade)! Certamente, isto não pode estreitar-Te nem Te fazer cair em alguma dificuldade frente a Tua munificência e Teu poder. Pois Tu tens poder sobre todas as coisas.

14 – Ó meu Deus, Então concede-me de Tua misericórdia e de Teu permanente êxito, pelo qual posso tomar como escada para subir a Tua complacência, e com o qual posso estar seguro contra Teu castigo.

Ó o Mais Misericordioso entre os que têm misericórdia!

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