Islã e Ciência

O Corpo do Faraó Continua como Milagre do Alcorão

Ramsés II, o Faraó do Egito, se autodenominou “deus” e escravizou seu povo e o povo do profeta Moisés (AS). Deus, o Altíssimo, diz: “Passamos a relatar-te algo verdadeiro da história de Moisés e do Faraó (bem como) do povo crente. É certo que o Faraó se ensoberbeceu na terra (do Egito) e dividiu em castas o seu povo; subjugou um grupo deles, sacrificando-lhes os filhos e deixando com vida as suas mulheres. Ele era um dos corruptores. E quisemos agraciar os subjugados na terra, designando-os imames e constituindo-os herdeiros.” (28:3-5). Deus enviou Moisés e Aarão ao Faraó para lembrá-lo d’Ele. Porém, o monarca se ensoberbeceu, apesar de todos os sinais e milagres expostos para que cresse: “Então lhes enviamos as inundações, os gafanhotos, as lêndeas, os sapos e o sangue, como sinais evidentes; porém, ensoberbeceram-se, porque eram pecadores” (7:133).

Depois do crescimento das calamidades sobre o Faraó e seu povo, eles pensaram que poderiam enganar Moisés (AS) e os que estavam com ele. Pediram-lhe que suspendesse o castigo: “Mas quando os açoitou o castigo, disseram: Óh, Moisés, implora por nós, de teu Senhor, o que te prometeu; pois, se nos livrares do castigo, creremos em ti e deixaremos partir contigo os israelitas. Porém, quando os livramos do castigo, adiando-o para o término prefixado, eis que perjuram!” (7:134-135).

Moisés (AS), então, recebeu uma ordem divina: “Moisés: Sai com Meus servos durante a noite, porque sereis perseguidos.” (Alcorão Sagrado, 26:52).

Ele foi perseguido pelo Faraó e seu exército: “E eis que (o Faraó e seu povo) os perseguiram ao nascer do sol.” (Alcorão Sagrado, 26:60). Quando os companheiros de Moisés (AS) viram aquilo, disseram: “E quando as duas legiões se avistaram, os companheiros de Moisés disseram: Na certa seremos apanhados! ” (Alcorão Sagrado, 26:61). Moisés, então, respondeu: “Não! Meu Senhor está comigo e me iluminará! ” (Alcorão Sagrado, 26:62). “E inspiramos a Moisés: ‘Golpeia o mar com o teu cajado!’ E eis que este se dividiu em duas partes, e cada parte ficou como uma alta e firme montanha. E fizemos aproximarem-se dali os outros. E salvamos Moisés, juntamente com todos os que com ele estavam. Então, afogamos os outros. Sabei que nisto há um sinal; porém, a maioria deles não crê. Em verdade, teu Senhor é o Poderoso, o Misericordiosíssimo. ” (Alcorão Sagrado, 26:63:68).

Apesar desse milagre o Faraó insistiu em perseguir Moisés (AS) e seus companheiros. O mar fechou-se sobre o grupo, preservando-se apenas um corpo, que Deus quis deixar como exemplo para toda a humanidade, como um milagre Seu a respeito do que o Faraó obrou: “Porém, hoje salvamos apenas o teu corpo, para que sirvas de exemplo à tua posteridade. Em verdade, há muitos humanos que estão negligenciando os Nossos versículos.” (Alcorão Sagrado, 10:92).

O Sal no Corpo do Faraó e a Conversão de Maurice Bucaille

Maurice Bucaille, francês, cresceu no seio da religião cristã, como seus pais. Quando terminou os seus estudos secundários, ingressou na faculdade de Medicina da Universidade da França.
Ele foi um estudante exemplar, obtendo o diploma de Medicina. Ele se dedicou e destacou até alcançar a condição de um dos mais famosos e experientes cirurgiões que a França moderna conheceu. Entre as suas experiências houve um caso admirável, que transformou a sua vida e o seu destino.

A França é conhecida pelo seu interesse arqueológico. No final da década de 1980, quando o socialista François Mitterrand ocupava a presidência do país, o governo francês solicitou ao egípcio o empréstimo da múmia do Faraó Ramsés para fazer alguns estudos e exames arqueológicos. Foi, então, enviada à Europa a múmia de um dos mais importantes soberanos que o Egito conheceu. Lá, no recinto do aeroporto, o presidente francês com seus ministros e os grandes responsáveis a cidade ficaram perfilados diante da escada do avião, para recepcionar o Faraó, como se ele estivesse ainda vivo, como se ele gritasse ainda para o povo egípcio: “Sou o vosso deus supremo.”

Ao término da recepção régia ao Faraó em terras francesas, a múmia foi transportada, em cortejo não menos pomposo do que a recepção, a um departamento especial do Centro Arqueológico Francês. Ela ficou à disposição dos mais famosos arqueólogos e cirurgiões do país, para ser examinada. O chefe dos cirurgiões e o responsável pelo exame da múmia era exatamente o Professor Maurice Bucaille. Os examinadores estavam interessados na restauração da múmia, enquanto o interesse de seu chefe era descobrir como aquele Faraó morreu.

Em uma hora tardia da noite, foi obtido o resultado das análises finais. Havia resíduos de sal no seu corpo. Ou seja, uma prova de que ele havia morrido afogado! E que seu corpo foi tirado do mar logo depois de seu afogamento. Ele foi mumificado imediatamente, para a conservação de seu corpo. Porém, uma coisa estranha ainda intrigava Bucaille: como aquele corpo foi conservado mais perfeitamente do que das outras múmias, apesar de ter sido tirado do mar?

Enquanto Bucaille estava preparando o seu relatório final sobre o que ele havia descoberto, um dos presentes ao recinto de pesquisa sussurrou no seu ouvido: “Não se apresse. Os muçulmanos falam sobre o afogamento dessa múmia.” Ele, porém, rejeitou a informação, estranhando-a. Aquela descoberta só podia ser obtida com o desenvolvimento da ciência moderna e utilizando-se computadores modernos, com muita precisão. Um dos presentes disse-lhe que o Alcorão, o Livro Sagrado no qual os muçulmanos acreditam, narra o episódio de seu afogamento e cita a conservação de seu corpo após o fato. Ele ficou mais intrigado ainda mais e começou a se perguntar: “Como isso pode acontecer, se a múmia foi descoberta somente em 1898 da Era Cristã, enquanto o Alcorão existe há mil e quatrocentos anos? Como a mente pode aceitar isso, pois a humanidade nada sabia a respeito de os egípcios antigos mumificarem seus faraós, a não ser pouco tempo atrás?”

Naquela noite, Bucaille ficou observando a múmia do Faraó, pensando no que lhe foi dito: que o Alcorão falava sobre a conservação daquele corpo após o seu afogamento, enquanto a Bíblia – baseada na Torá judaica – mencionava somente o afogamento, durante a a perseguição a Moisés (AS), sem nada citar sobre o destino de seu corpo. Ele começou a se perguntar: “Será que aquela múmia era do Faraó que perseguiu Moisés? É possível que Mohammad soubesse, treze séculos atrás, o que descobri agora?”

Ele não conseguiu dormir. Pediu que lhe trouxessem uma Bíblia e começou ler o capítulo de Êxodo, um dos cinco capítulos narrados por Moisés, integrante do Velho Testamento. Ele leu: “Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de faraó, que os haviam seguido no mar; nem um deles ficou.” (Êxodo, 14:28)”. Bucaille ficou mais intrigado ainda, pois a Torá não fala sobre a conservação do corpo do Faraó.

Depois da análise da múmia do Faraó e sua restauração, o governo francês devolveu-a ao Egito, num magnífico caixão de vidro. Bucaille, porém, não ficou satisfeito, desde que foi informado a respeito da conservação do corpo narrada na Escritura Sagrada dos muçulmanos. Ele fez as malas e resolveu ir para a Arábia Saudita, participar de um congresso de medicina na qual estariam presentes cirurgiões muçulmanos. Foi lá que ele informou, pela primeira vez, a respeito do que descobriu quanto à conservação do corpo do Faraó, após o afogamento. Um dos seus colegas abriu o Alcorão e começou a recitar as palavras de Deus, o Altíssimo: “Porém, hoje, salvamos apenas o teu corpo, para que sirvas de exemplo à tua posteridade. Em verdade, há muitos humanos que estão negligenciando os Nossos versículos.” (Alcorão Sagrado, 10:92). O versículo causou uma impressão muito forte nele, fazendo-o tremer e ficar de pé perante dos presentes, gritando com todas as suas forças: “Eu declaro a minha conversão ao Islã e que creio no Alcorão!”.

Maurice Bucaille retornou para a França mudado. Durante dez anos, ele se dedicou a verificar a aplicação prática das verdades científicas e descobertas modernas mencionadas no Alcorão Sagrado. Ele queria analisar se havia alguma contradição entre a Ciência e aquilo que o Alcorão afirmava. Finalmente, convenceu-se da veracidade das palavras de Deus, o Altíssimo: “A falsidade não se aproxima dele (do Livro), nem pela frente, nem por trás; é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.” (Alcorão Sagrado, 41:42).

Como fruto daqueles dez anos de pesquisa, Bucaille editou um livro sobre o Alcorão Sagrado, que causou tremor tanto nos países ocidentais como em seus cientistas. O título do livro foi “O Alcorão, a Bíblia e a Ciência” – Um estudo moderno dos Livros Sagrados. O que aconteceu com o livro? A primeira edição esgotou-se em todas as livrarias. Foi reeditado centenas de milhares de vezes, depois de ter sido traduzido do francês, a língua original, para o árabe, inglês, indonésio, persa, sérvio, turco, urdu, kujrati, alemão, português e espanhol. Ele foi distribuído nas livrarias do Oriente e Ocidente. Maurice Bucaille diz na introdução do livro: “Esses aspectos científicos, muito particulares do Alcorão, logo de início, deixaram-me profundamente atônito porque, até então, eu não tinha jamais acreditado ser possível que se pudesse descobrir, num texto redigido há mais de treze séculos, tantas afirmações relativas a assuntos extremamente variados, absolutamente conforme os conhecimentos científicos modernos.”

O nosso comentário a respeito disso é que devemos recordar as palavras do Altíssimo: “Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem que não de Deus, haveria nele muitas disparidades.” (Alcorão Sagrado, 4:82). Sim, se fosse de outra fonte que não de Deus, as suas palavras não se comprovariam no que diz respeito ao Faraó – e em relação a outras descobertas científicas contemporâneas. “Hoje te salvamos”. Foi um versículo do Alcorão a respeito do corpo decomposto do Faraó que fez brotar o Islã no coração de Maurice Bucaille.

 

 

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