Falando sobre o Islam

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Louvado seja Deus, o senhor do universo, que a paz e as bênçãos de Deus estejam sobre Profeta Mohammad (S.A.A.S.) e sobre todos os profetas e mensageiros.

Senhoras e senhores, saudações a todos. Primeiramente agradeço o convite por conceder-me alguns minutos de sua atenção. Gostaria de aproveitar a oportunidade e dizer:

O Islã é a doutrina cujo, desde 1400 anos, nos incentivou fortemente à leitura e ao estudo e tornou o conhecimento algo obrigatório, tanto para homens quanto para mulheres, sendo que a primeira revelação do Alcorão Sagrado, através de Deus para o anjo Gabriel e este para o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.), foi a seguinte: “Leia, em nome do teu senhor que te criou. Criou o ser humano de um coágulo. Leia, que o teu Senhor é Generosíssimo. Que ensinou através da escrita. Ensinou o homem aquilo que ele não sabia”. O Islã deu tanta importância ao conhecimento que combinou a fé e o conhecimento, pois um homem sem conhecimento se tornaria uma máquina mortífera. Ao mesmo tempo que uma fé sem conhecimento é um radicalismo cego e por isso que não há conhecimento sem fé e nem fé sem conhecimento.

A boa conduta no Islã é o espirito da fé, sendo que Deus enviou o Mensageiro de Deus o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) por um objetivo. O Próprio Mensageiro de Deus disse: “Fui enviado para completar as leis da moral”. Por outro lado, o Alcorão Sagrado afirmou a boa conduta do Mensageiro de Deus, dizendo: “Em verdade, tu tens uma magnifica conduta”. Por outro lado, numa outra passagem Deus afirma que além da boa conduta haveria um outro atributo cujo o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) tinha, a piedade: “fostes enviado como uma misericórdia para toda a humanidade”.

É de extrema importância que devemos afirmar que, nós como muçulmanos acreditamos em todas as doutrinas e mensagens de Deus e esta é uma característica benéfica do Islã. Nossa mensagem é aberta a todas as mensagens e mensageiros, sendo que o muçulmano acredita que a história de todas as mensagens celestiais é sua história só, e que em verdade são parte de sua mensagem. Deus, o Altíssimo, disse no Alcorão Sagrado: “Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos”. E com base nisso, o Islã acredita na livre escolha e não há nenhuma imposição no Islã. Deus disse no Alcorão Sagrado: “Não há imposição quanto à religião…”.

O Islã é a religião do diálogo, Deus disse no Alcorão Sagrado: Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente…”. Tudo, a partir da posição de fé, amor e tolerância, como na seguinte passagem: Dize-lhes: Ó adeptos do Livro, vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorar senão a Deus, a não Lhe atribuir parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus.

O Islã é uma doutrina completa por ser originada por Deus. Esta doutrina contém: A crença em Deus, nos profetas e no dia do juízo final. Sua legislação contém o que chamamos de devoções, tais como a oração e o jejum, e o que chamamos de relações tais como acordos, venda, aluguel ou legislações ligadas à vida pessoal tais como: casamento, herança e entre outros. A legislação islâmica contém tudo o que um estado necessita, desde as leis gerais até os aspectos trabalhistas, financeiros, econômicos, administrativos, políticos e relações internacionais.

Portanto, o Islã representa uma crença no coração do fiel, sua legislação é para a sociedade e ao mesmo tempo suas normas representam uma conduta entre as pessoas.

O Islã organiza a relação do muçulmano com o seu criador e ao mesmo tempo administra as relações do muçulmano com as demais pessoas e coisas. Incentivando boas ações, tais como a oração e o estabelecimento da justiça. E reprime ações negativas tais como repressão, negligência e a injustiça. Incentiva a refletir sobre a criação dos céus e da terra. O Islã trabalha também com o lado espiritual, como o Jejum. Assim como o lado material e financeiro, cujo leva o homem ao crescimento da riqueza tal como: o pagamento do Zakat (Caridade) e os donativos pelas boas causas. O Islã também tem um lado específico mediante a assuntos familiares e sua administração e as relações entre as demais nações do mundo, sejam em estado de paz ou em guerra.

O Islã representa a boa ação, pois é a inspiração de Deus, o Altíssimo. O muçulmano é o praticante da boa ação, porém ele possui uma crença especial. Ele assegura que este mundo possui um único criador, que é Deus, o Altíssimo, e a Ele retornam todas as criaturas. O muçulmano acredita nas doutrinas divinas e inspirações celestiais e não mundanas. O muçulmano pertence à melhor das nações trazida a humanidade. Ele acredita que pertence à mensagem mais ampla que explica o universo, a vida, o homem e a vida eterna após a vida mundana, e reprime classificações falsas e racistas, nacionalistas, partidaristas cujo aqueles o qual seu único objetivo é o domínio e o poder sobre as pessoas. A integração a esta doutrina representa o desenvolvimento e o progresso da ciência, a evolução e seus mais fortes argumentos e evidências.

O Islã é a doutrina que preserva do derramamento de sangue e protege as riquezas de não serem saqueadas, protege a honra para não ser violada. O Islã é a doutrina que atende as necessidades do corpo e leva o espirito ao alcance da felicidade, e estabelece o entrosamento do indivíduo com a sociedade, entre o homem e a mulher. O Islã é a doutrina que expande a segurança e a paz entre as nações. O Islã é a doutrina que Deus inspirou ao seu generoso mensageiro (S.A.A.S.) e não o Islã dos malfeitores, impostores e mentirosos.

O Islã gerenciou as relações conjugais, impôs o Hijab (véu) para proteger a família, a sociedade e o estado das tentações e dos prazeres, para que isso não se torne um problema mediante a busca pelo conhecimento ou durante o trabalho.

O Islã é a única solução, que desenhou para a mulher um caminho preciso, correto e claro e a mostrou o seu papel na sua vida e na sociedade. O Islã mostra a todos a posição e o valor da mulher e a estabeleceu deveres e direitos. O Islã concedeu à mulher o que jamais outra doutrina havia concedido, nem antes e nem depois. Sob a garantia do Islã, as mulheres devem contribuir para a construção da sociedade. O Islã igualou a mulher e o homem em todos os valores humanos e espirituais. Ao mesmo tempo o Islã exigiu dela que participe na sociedade com sua mente e razão, não com seu corpo e físico apenas, e que ela participe na sociedade como um ser humano, não pelo fato dela ser mulher, mas sim porque sua feminilidade é sagrada no Islã, sua feminilidade é santa no Islã e deve ser preservada apenas para classe feminina da sociedade e para seu pai, irmãos, tios de sangue, filhos e marido.

Que tipo de “liberdade” é essa que o mundo quer para mulher, expondo suas curvas ou transformando-a num objeto de compra e venda nos bares e boates? Essa é a representação da verdadeira escravidão, a qual a doutrina do Islã, em sua razão e consciência, rejeita.

As mulheres foram destruídas em nome da liberdade e isso teve graves consequências contra a família; as escolas e os demais órgãos. Eles pedem a libertação da mulher e nós pedimos o mesmo, mas que ela seja libertada da ignorância e das más tradições. A liberdade, se sair dos seus limites, se transformará em uma caos.

Pergunto: a mulher conseguiu o que queria, será que a igualdade e a liberdade resolveram o seu problema?! Será que a mulher protegeu sua honra e dignidade?! Não, jamais. Os números e as notícias nos mostram o quanto as relações familiares estão enfraquecidas por falta da ausência da mulher e sua distância em relação aos seus filhos, colocando-os em creches. Do que adianta a busca pela riqueza se esta será erguida sobre a paz e a harmonia do lar?

O subdesenvolvimento experimentado pela realidade islâmica em alguns países muçulmanos está relacionado à inércia científica, por um lado, e às condições políticas que desencadearam guerras e disputas, e também os meios de governo injusto que são totalmente distantes do modelo estabelecido pelo Islã, modelo este que não respeita a liberdade das nações. A ignorância não é um produto do Islã e sim um produto da falta de Islã em nossas sociedades, ao não praticarmos o modelo islâmico em nossas vidas. Portanto o problema está nos muçulmanos e não no Islã.

Obrigado a todos pela atenção e que a paz e a bençãos de Deus estejam com todos.

 

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