Quanto a compreendermos a glória de Deus.
Louvado seja Deus para o qual uma condição não precede outra, tanto que Ele pode ser o Primeiro antes de ser o Derradeiro, ou pode estar manifesto antes de estar oculto. Cada um, exceto Ele, é assim chamado em virtude de ser pequeno; e cada um a não ser Ele, que desfrute de honrarias é considerado humilde. Toda pessoa poderosa, a não ser Ele, é fraca. Todo senhor, a não ser Ele, é servo. Todo conhecedor a não ser Ele, é um procurador de conhecimento. Todo controlador, a não ser Ele, é, às vezes, detentor do controle, e às vezes, da inabilidade. Todo ouvinte, a não ser Ele, é surdo quanto às vozes fracas, enquanto que as vozes fortes o ensurdecem e as distantes se afastam mais e mais dele. Todo perscrutador, a não ser Ele, é cego quanto às cores ocultas e os corpos sutis. Toda coisa manifesta, a não ser Ele, está oculta, mas toda coisa oculta, a não ser Ele, é incapaz de tornar-se manifesta. Ele não criou o que criou para fortalecer sua autoridade, nem por temer as conseqüências do tempo, tampouco buscar ajuda contra os ataques de um parceiro igual ou jactancioso ou de um odioso oponente. Por outra, todas as criaturas são por ele cultivadas, sendo humildes servos. Ele não está condicionado a qualquer coisa, a ponto de se dizer que ali exista intrinsecamente, tampouco está separado de coisa alguma, a ponto de se dizer que dela esteja afastado. A criação que Ele iniciou ou a administração que Ele mantém, de maneira alguma o cansa. Incapacidade alguma se apossou dele quanto ao que criou. Nenhum engano lhe ocorreu naquilo que ordenou e decidiu. Seu veredicto, porém, é certo, seu conhecimento definitivo. Sua Autoridade é soberana. Ele é requisitado em tempos de agruras e temido mesmo em tempos generosos.