30 jul, 2014

A Profecia

30 jul, 2014

O segundo fundamento da crença Islâmica é a fé na Revelação (Al-Wahí) e na Profecia (Annubúwa). A convicção nos Profetas e Mensageiros e no que vieram anunciar, e o Alcorão Sagrado confirma dizendo: “Dizei: Cremos em Deus e no que nos foi revelado e no que foi revelado a Abraão, Ismael, a Isaac, a Jacó e a Al-Assbátt, e no que foi concedido a Moisés e a Issa (Jesus) e no que foi dado aos Profetas por seu Senhor; não fazemos distinção entre algum deles e nós Lhe somos muçulmanos (submissos)”. (C. 2, V. 136).

Qual o propósito das religiões reveladas e qual o conceito de profecia, o meio pelo qual as mensagens reveladas são trazidas a nós? Qual a missão da profecia? Quais são seus objetivos? Qual é o ponto de partida dos profetas e o fruto de seus esforços? Essas questões são, além de outras, os temas fundamentais da profecia, e todo fiel deve buscar suas respostas.

Os Profetas (A.S.) foram homens escolhidos por Deus para divulgarem as Mensagens Divinas e aprimorar a conduta humana, por terem sido completos e de comportamento impecável.

Deus Supremo Revelou: “Deus escolhe os Mensageiros dentre os anjos e os humanos, pois Deus é Oniouvinte e Discernente”. (C. 22, V. 75).

Os sentidos, os instintos e, inclusive, o intelecto humano, não são suficientes para a “salvação” e a felicidade plena do ser humano. O homem precisa de algo superior, que transcende seu intelecto, ou seja, uma revelação, uma assistência divina. Esta revelação ou assistência tem origem no Ser que conhece todas as necessidades do homem e os meios de supri-las. Esta é a lógica de todas as religiões reveladas e do conceito de profecia.

Todos os Profetas (A.S.) conclamaram a humanidade para a Unicidade de Deus, comunicando a Sua existência e divulgando as Mensagens Celestiais, induzindo os homens à prática do bem, ao aperfeiçoamento e à nobreza de caráter, sempre confrontando a injustiça, a corrupção e os tiranos. Anunciaram a recompensa divina e alertaram contra a punição de Deus. Por isso, as mensagens de todos os Profetas (A.S.) se conectam com a fé em Deus.

Ter fé na profecia e ter fé na verdade de que Deus manifestou Sua vontade e anunciou Suas leis à homens escolhidos e eleitos como profetas e mensageiros dentre os povos antigos. O primeiro deles foi Adão (A.S.) pai do gênero humano e o último foi Mohammad (S.A.A.S.), sendo que esta corrente de profecia teve, segundo as fiéis tradições, 124.000 profetas e mensageiros. A alguns destes foram reveladas escrituras sagradas. As principais foram: O livro de Abraão (A.S.), a sagrada Torá revelada a Moisés (A.S.), os Salmos revelados a Davi (A.S.), o Injil (Evangelho) revelado a Jesus (A.S.) e por último o Alcorão Sagrado revelado a Mohammad (S.A.A.S.), que é o selo das escrituras divinas.

A ideologia islâmica se fundamenta nos alicerces da crença na profecia de Mohammad (S.A.A.S.), que tem como seu maior milagre o Alcorão Sagrado. A convicção na profecia de Mohammad (S.A.A.S.) significa concordar e seguir todas as mensagens divinas. Por isso, é mencionado no Livro de Deus: “Para Deus, a religião é o Islam…”. (C.3, V. 19). Em outro versículo lê-se: “E aquele que tenciona outra doutrina que não seja o Islam, ela jamais será aceita; e na Eternidade contar-se-á dos desventurados”. (C.3, V. 85). Isto porque, a mensagem islâmica é a mais completa e capaz de solucionar todos os problemas do homem, e é uma mensagem preservada e protegida contra a adulteração.

Tanto Moisés quanto Jesus (a paz esteja com ambos) anunciaram a vinda de Mohammad (S.A.A.S.), e seu nome foi mencionado na Torá e no Evangelho. Deus Supremo revelou: “… os quais seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, que o encontram mencionado com eles na Torá e no Evangelho, e os ordena com o obséquio e os adverte contra o ilícito e lhes libera as satisfações e lhes veda as malícias e os alivia de seus fardos e dos grilhões que os deprimiam, e aqueles que creram nele e o dignificaram e triunfaram e seguiram a luz que se revelou com ele, estes, são os bem-aventurados”. (C. 7, V. 157).

No Evangelho de João, discípulo do Senhor Jesus, o Messias (A.S.) (escrito no aramaico (e depois passado para o grego) antes de sua adulteração) estava mencionada a anunciação do Messias (A.S.) sobre Mohammad (S.A.A.S.), conforme segue: “E quando vier o Al-Mohamanna, aquele que Deus enviará a vós pelo Espírito Santo; este que surgirá por parte do Senhor, e ele será minha testemunha e vós também, porque vós sempre estivestes comigo. Por isso, eu vos anunciei para não lamentardes”.

E o Evangelho de João menciona em nome do Messias, quando ele anunciou a seus discípulos, orientando-os sobre a vinda de Mohammad (S.A.A.S.), o Profeta esperado, e que viria depois dele, o Messias disse: “Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas não sois atualmente capazes de suportá-las. No entanto, quando esse chegar, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade, pois não falará de seu próprio impulso, mas falará as coisas que ouvir e vos declarará as coisas vindouras. Esse me glorificará, porque receberá do que é meu e vos declarará”. Evangelho de João – Capítulo 16, Versículos de 12 até 14.

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