Imam Hassan ibn Ali ibn abi Taleb Al-Mujtaba (A.S.) – O senhor dos jovens do paraíso e o segundo Imam dos Ahlul Bait (A.S.)

Nascimento: Medina 15 de Ramadan do ano 3 Hejerita (equivalente a 1 de dezembro de 624 d.C.)

Martírio: Medina no final do mês de Safar do ano 50 Hejerita (equivalente a setembro de 670 d.C.)

Tempo de Imamato: 10 anos / Sua idade abençoada: 46 anos

Seu martírio: envenenado por sua espoa Ju´dah bent Al-Ash´as por ordem de Mu´awyah ibn abi Sufian

Seu abençoado sepultamento: Medina (Cemitério de Al-Baqui)

Seu pai foi Imam Ali ibn abi Taleb (A.S.) o senhor dos sucessores e o portal da cidade de conhecimento do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.). Sua mãe foi Fátima Azzahra (A.S.), a senhora das mulheres do paraíso e filha do selo dos profetas e mensageiros. Nele se uniram a honra da profecia e a nobreza do Imamato pois de sua mãe prosseguiu a descendência do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.). Seu nome foi inspirado por Deus em Seu Mensageiro que chamou o recém-nascido de Hassan (A.S.).

Seu nascimento foi na cidade de Medina no dia 15 de Ramadan do ano 3 Hejerita (equivalente a 1 de dezembro de 624 d.C.). Diversos versículos do Alcorão Sagrado relatam suas virtudes, entre tais “O Versículo da Purificação” que diz: “…Deus só deseja afastar de vós a abominação, ó Ahlul Bait, bem como purificar-vos integralmente” (C. 33 – V.33) e “O versículo do Parentesco” que diz “Isto é o que Deus anuncia ao Seus servos fiéis, que praticam o bem. Dize-lhes: Não vos exijo recompensa alguma por isto, senão o amor aos meus parentes (Ahlul Bait). E a quem quer que seja que conseguir uma boa ação, multiplicar-lhe-emos; sabei que Deus é Compensador, Indulgentíssimo.” (C. 42 – V.23) e “O versículo da Mubahala” que diz: “Porém, àqueles que discutem contigo a respeito dele, depois de te haver chegado o conhecimento, dize-lhes: Vinde! Convoquemos os nossos filhos e os vossos, e as nossas mulheres e as vossas, e nós mesmos; então, deprecaremos para que a maldição de Deus caia sobre os mentirosos.” (C. 3 – V. 61), entre muitos outros versículos e tradições do Profeta Mohammad (S.A.A.S.) que apontam a posição e o elevado grau do Imam Al-Hassan (A.S.), e que sem dúvida ele era um membro da família purificada dos Ahlul Bait, a qual Deus purificou e afastou de todo tipo de abominação. O Imam Al-Hassan (A.S.) era um exemplo na educação e moral, dividiu sua fortuna por três vezes e a doou em sua totalidade duas vezes. Ele é um Imam em todos significados e sentidos da palavra e é o senhor dos jovens do paraíso, era um grande devoto, muito piedoso, e ninguém chegava a altura de sua generosidade. Era um homem digno e companheiro dos pobres. Peregrinou vinte e cinco vezes a pé, mesmo tendo ao seu redor uma caravana inteira de camelos e cavalos a disposição.

Ele é o Imam legítimo após o Príncipe dos Fiéis (A.S.), o qual foi nomeado pelo Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) por ordem de Deus o Altíssimo, um Imam ao qual a obediência é obrigatória. Ele (A.S.) assumiu o Imamato logo após o martírio do seu pai, o Príncipe dos Fiéis (A.S.) na Mesquita de Cufa, no Iraque, no ano 40 Hejerita (equivalente ao ano de 660 d.C.), e se tornou a fonte para toda a nação em diversas questões. Por causa dos acontecimentos que ocorreram entre o Imam Al-Hassan (A.S.) e Mu´awiyah ibn abi Sufian, ele (A.S.) viu que seria do melhor interesse do Islam estabelecer um acordo com certas condições, e nesta ocasião disse: “Eu vi que fazer um acordo com Mu´awiyah e manter a guerra entre mim e ele apenas é melhor para evitar o derramamento de sangue, e isso foi o melhor visto por mim, para o bem de vocês e para a vossa sobrevivência”. Na verdade, o Imam Al-Hassan (A.S.) queria desmascarar Mu´awiyah perante a opinião pública por meio deste acordo, e sequem aqui algumas de suas condições:

a) Que o Mu´awiyah governe por meio do que foi revelado por Deus, o Altíssimo.

b) Que o governo seja chefiado por Hassan (A.S.) após a morte de Mu´awiyah e caso ocorra algo a Hassan (A.S.) então que seja chefiado por Hussein (A.S.), e Mu´awyah não tem direito de nomear.

c) Ele deveria deixar de insultar o Príncipe dos Fiéis (A.S.) nos púlpitos.

d) Todas as pessoas deveria estar seguras em todos os lugares onde vivem, inclusive em seus bens e riquezas, e ele não poderia perseguir ninguém, especialmente os seguidores de Ali.

e) Não poderia planejar o ataque e nem atacar Hassan (A.S.), seu irmão Hussein (A.S.) ou qualquer um dos Ahlul Bait (A.S.).

Mas, logo após o término da construção do acordo Mu´awiyah declarou que iria romper com o mesmo e ignorar todos os seus mínimos detalhes, sendo que o Imam Al-Hassan (A.S.) sabia que Mu´awiyah iria romper o acordo com esta manobra e queria desmascará-lo perante as pessoas. Mu´awiyah discursou perante as pessoas e disse: “Ó povo de Cufa, juro por Deus que eu não lutei para que vocês orem, jejuem, peregrinarem ou paguem a caridade, pois todos já estão fazendo isso. Eu lutei para dominar o poder e mandar em vocês, e fui agraciado por Deus com o que eu busquei, mesmo vocês gostando disso ou não! … Certamente que todas as condições pré-estabelecidas e acordadas com Hassan estão aqui debaixo dos meus pés”. Então, ele rompeu seu acordo com Hassan (A.S.) e descumpriu todos as condições do acordo, e levou a opressão e a injustiça a todos os cantos, perseguindo, prendendo, torturando, humilhando, roubando e matando xiitas em todos os lugares. Por fim brindou sua tirania nomeando o seu filho corrupto e pecador Yazid como chefe do estado após sua morte, fazendo dele o governante dos muçulmanos.

Um dos maiores crimes cometidos por Mu´awiyah foi planejar o assassinato do Imam Al-Hassan (A.S.) utilizando Ju´dah bent Al-Ash´as, a esposa do Imam (A.S.), prometendo-a dinheiro e riqueza, e que iria casá-la com seu filho Yazid, e assim ela seria esposa do futuro governante. Então, convenceu ela a envenenar e matar o Imam Al-Hassan (A.S.), que foi martirizado no final do mês de Safar do ano 50 Hejerita (equivalente a setembro de 670 d.C.) e enterrado no Cemitério de Al-Baqui, na cidade de Medina. Sendo que no local de seu sepultamento foi formado um santuário e construída uma mesquita sobre o túmulo dos Ahlul Bait (A.S.), onde haviam cúpulas e minaretes, e era visitada por milhões de muçulmanos, mas os extremistas Wahabitas derrubaram e destruíram a construção em 9 de Shawal do ano 1344 Hejerita (equivalente a 21 de abril de 1926) juntamente com os demais santuários que haviam sido construídos sobre os túmulos sagrados dos companheiros sepultados no Cemitério de Al-Baqui. Os muçulmanos continuam tendo a honra de visitar o Cemitério de Al-Baqui durante o Hajj ou a Omrah, e ali saúdam o Imam Al-Hassan (A.S.), que nos deixou uma grandiosa herança de conhecimentos e sabedoria através de suas cartas e tradições.

 

 

 

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